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Diretor-presidente do ICI, Jacson Carvalho Leite

Em Curitiba (PR), a Business Intelligence (BI) é uma forte aliada da prefeitura para avaliar e traçar cenários futuros do desempenho de indicadores alimentados por 540 aplicativos que rodam na administração da cidade. O projeto, que teve início em 2005, já estabeleceu mais de 80 cases de áreas como educação, saúde e ação social. Os cases são conjuntos de parâmetros que reúnem indicadores de determinado segmento, explica Jacson Carvalho Leite, presidente do Instituto Curitiba de Informática (ICI), que opera a área de tecnologia da informação da prefeitura. E esses indicadores são atualizados automaticamente pelas bases de dados geradas pelos aplicativos do município. Um exemplo prático é o telefone 156, por meio do qual a prefeitura recebe solicitações para a realização de uma gama de 3.200 serviços, que incluem poda de árvore e pavimentação, entre outros. Por dia, são registradas entre 6.000 e 6.500 chamadas. Com a BI, as informações dos telefonemas são extraídas e analisadas e, posteriormente, dão origem a gráficos de gestão. "Criamos indicadores que são interpretados, dando apoio à prefeitura, para que ela tenha uma visão das demandas da cidade, por bairros", detalha Leite. A menina dos olhos do projeto está no Centro Integrado de Informações Estratégicas (CIIE), localizado no ICI, com uma equipe composta de especialistas em tecnologia da informação e gestão pública. Trata-se da "sala de situação", um ambiente com 120 metros, 50 lugares para pessoas sentadas e telão de 50 polegadas com tecnologia de toque, que permite a interação com os dados apresentados simultânea ou isoladamente em cada um deles. Uma discussão sobre Educação, por exemplo, permite projetar na tela dados sobre determinada escola da cidade, apresentando fotos, cruzamento de informações como frequência e número de alunos, além de foto da unidade e mapa com localização geográfica. Também é possível cruzar os dados de localização da escola e perfil dos alunos com informações sobre pontos de violência ou tráfico de drogas na cidade. O cruzamento com informações relativas à violência é possível, em parte, graças a um trabalho de defesa social feito por uma equipe da prefeitura que circula pela cidade em vans para prestar atendimento a moradores de rua. Cada ocorrência é registrada no sistema, permitindo, com a ajuda da ferramenta de BI, extrair pontos de Curitiba com maior concentração de atendimentos a viciados em drogas e álcool, entre outros parâmetros. O mesmo vale para outros projetos, como a "Linha Verde" - que prevê a construção de uma avenida que unirá a cidade no trecho urbano da antiga BR-116. "Posso apontar com o meu dedo pontos da Linha que precisam de obras. Uma vez que determinei o que vi no mapa, posso levar para o computador, fazer comunicação via web, ter acesso a Google Maps", ilustra Leite. Um dos próximos cases de BI a serem desenvolvidos é na área de Saúde. A intenção é obter os indicadores de epidemologia, para que seja possível identificar, por meio do sistema de atendimento e pelos diagnósticos médicos, as regiões da cidade onde há maior incidência de determinada doença.



Autor: Fabiana Monte/Computerworld Fonte: ICI

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